5 meses
Caetano,
Ontem fiquei te devendo um texto de mesversário. Já são 5 meses ao seu lado.
É que não tive tempo. Você anda muito curioso em relação ao mundo. Aquela linda curiosidade infantil. E com tanta coisa pra ver lá fora, é entediante passar tempo demais do lado de dentro. Por isso temos saído. Passeado muito. Você se encantando pelo mundo. Eu me encantando cada vez mais pelo seu olhar. Já te falei sobre o olhar, não é mesmo?
Soma-se a isso uma ida repentina para Brasília, a cidade que não sai do meu coração.
Você ainda vai viajar muito para lá, porque tá cheio de gente importante vivendo na Capital. E não estou falando de deputados e senadores. Nem do presidente, que não anda lá muito popular. Estou falando de gente que vive longe, mas não sai de perto. Inclusive seu padrinho, que tão bem nos recebeu em seu lindo apartamento.
Mas foto do mês, isso teve. Foto com bolo, de fralda e de roupinha charmosa. Teve também foto na poltrona, com o urso que revela como você está crescendo rápido (prometo não falar sobre o tempo hoje). Uma delas deveria ilustrar esse texto. Mas aí veio o Facebook com essa retrospectiva, que caiu como uma luva.
É que 2016 foi o seu ano, Caetano. Seu único ano, tornou esse um ano único em minha vida. Tanto é que só deu você na tal retrospectiva. Tanto na barriga, quanto depois de nascido. E crescendo... crescendo rápido.
Até nos 73 novos amigos que conquistei por aqui, você também se revelou. Pude perceber que boa parte dessas novas amizades é fruto também da sua chegada. E, se em Brasília você nos reaproximou de pessoas já tão queridas, em BH você trouxe para nossas vidas um monte de gente especial. Gente que nos torna ainda mais ricos.
Essas pessoas devem saber exatamente quem são, mas prometo tentar deixar isso bem claro para cada uma delas. Isso é algo importante a se fazer, Caetano: deixar que todo mundo saiba o lugar importante que ocupa em nossas vidas.
Esses foram 5 meses intensos. Resultado de um ano ainda mais intenso. Um ano iniciado ao lado de pessoas queridas, quando você ainda era um bebê muito pequeno dentro da minha barriga. Mas já era o meu Caetano, enchendo de alegria a inusitada virada a seis, regada a água e show de fogos visto pela TV.
Tudo muito diferente para mim. Exatamente como o resto do ano se revelaria. Um ano de sentimentos ambíguos: plenitude e ansiedade, felicidade e medo, amor intenso e apreensão. Meio ano com sentimentos que me preparavam para o acontecimento mais avassalador da minha vida. Meio ano me preparando para seis meses que uma única palavra definie: mudança. Uma mudança radical. Que me transformou por completo. Que me trouxe meu maior presente.
Ahhh, 2016!!! O ano mais inesquecível da minha vida. Ao seu lado, mas também ao lado de muita gente incrível, que tanto amor e carinho trouxe para nossas vidas antes, durante e depois da sua chegada.
Esse quinto mês foi intenso como 2016: seu primeiro voo (e já são quatro viagens de avião), o primeiro toque no mar, a primeira vez que você se sentou sozinho, novas sílabas sendo balbuciadas intensamente, o primeiro olhar para pessoas tão queridas. A introdução do complemento em sua alimentação (ainda falaremos sobre isso). Meio quilo a mais. Bochechas e dobrinhas. Muitas comemorações. Algum choro. Muitos sorrisos. Cada vez mais sorrisos. Meu bebê simpatia! Algumas vitórias, mas também frustrações. Ambíguo como a maternidade. Ambíguo como o fato de o melhor reveillon da minha vida ter sido no sofá, assistindo o Show da Virada.
Assim é a vida, Caetano. Ambígua. Um dia a gente está feliz. No outro nem tanto. Mas o que realmente importa está presente todos os dias. São as pessoas. Aqueles que compartilham nossa alegria e acolhem nossa dor, para transformar essa aventura (vida!) em momentos cercados de amor.