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Pai

O olhar carinhoso de quem apoiou a mulher incondicionalmente durante todo o trabalho de parto. Caetano, Há uma semana vinha pensando em um texto para esse dia dos pais. Tinha que ser muito especial. Afinal, esse não seria apenas o dia do meu querido pai, hoje seu avô, e por isso ainda mais amado. Esse seria também o primeiro dia dos pais do seu pai, nosso grande amor. E aí, há apenas dois dias, pouco mais de um mês após o seu nascimento, recebi os registros daquela noite. De repente, as palavras se tornaram desnecessárias até mesmo para mim, que gosto tanto delas. Em todas essas fotos uma coisa diz tudo sobre a paternidade: o olhar. O olhar carinhoso de quem apoiou a mulher incondicionalmente durante todo o trabalho de parto.


O olhar emocionado de quem viu o filho pela primeira vez.


O olhar de felicidade de quem vivencia um sonho.


O olhar apreensivo, mas também orgulhoso, de quem corta o cordão umbilical do próprio filho e se torna personagem ativo do seu nascimento.


Foi ele, seu pai, quem cortou o último laço físico que nos unia, e não há nada mais belo para simbolizar que, assim, ele também te deu a luz. O olhar apaixonado de quem observa um pequeno pedaço de si descobrir o mundo.

O olhar babão de quem aprecia a própria família que acaba de nascer.

O êxtase da primeira troca de olhares.

Dizem, Caetano, que o pai, diferentemente da mãe, nasce apenas quando nasce o filho. Não acredito que com o seu tenha sido assim. Seu pai nasceu no momento em que abriu aquela caixa amarrada com laço de fita, que, dentro, trazia o esperado teste positivo. Uma pena que eu não tenha registrado aquele olhar de surpresa. Mas ele está guardado a sete chaves na minha memória, para que eu sempre possa descrevê-lo para você. Seu pai foi pai desde a descoberta da gravidez, em todas as consultas de pré-natal, durante todo o parto.


Compartilhou todos os sentimentos, emoções e decisões. Foi e continua sendo um paizão! Mas eu, Caetano, somente após o seu nascimento, já mãe, compreendi a emoção que é ser pai. E, nesse caso, as imagens valem mais que mil palavras.

      Flávia Vilhena
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Sou a Flávia. Mãe do Caetano e do Augusto. Viajante, ex-blogueira (de viagem), advogada e agora escritora...

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