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Então é natal... Em 2020!

Dezembro chegou novamente. Ele sempre chega. E cada vez mais rápido. A vida conseguiu se tornar ainda mais corrida que naquele inocente ano de 2017, quando eu montava a minha primeira árvore de natal, lamentando a ausência das palavras que não brotavam mais (leia aqui).


Eu nem achava que isso era possível: uma vida ainda mais corrida. E, ao invés de dois meses, foram quase três anos sem escrever. Ainda que isso me faça tão bem, foi justamente o que ficou de lado. Difícil entender essas nossas escolhas. Difícil não. É perfeitamente compreensível. Porque hoje sei que nem escolhas são.


Quando nos permitimos viver no piloto automático, é, ele, o piloto (automático), quem decide por nós. E quanta coisa valiosa se perde nesse turbilhão que é uma vida acelerada. Embora dezembro sempre chegue, nesse ano ele chegou bem diferente. Em 2020 não havia como ser de outra forma. Não vai ter confraternização. Não iremos rever todos os amigos queridos. As memórias não terão sido lá essas coisas.... Mas a reflexão, o repensar e a gratidão nunca foram tão imensos. Assim como os planos para esse futuro que tanto ansiamos, mas que, infelizmente, não chegará com as doze baladas que inaugurarão 2021, nem com o silêncio que acompanhará a ausência dos fogos na Praia de Copacabana.


É exatamente por isso que nossa árvore continua aqui. Firme! Ganhou enfeites novos. Viu a magia ser duplicada. Nunca esperamos com tanta ansiedade pelo presente do Papai Noel. Ah, Bom Velhinho! Traz logo para gente essa vacina. Deixa 2021 revelar, ainda que aos poucos, as boas novas da nossa velha vida de volta. Mas só em partes, por favor. Porque eu não abro mão das transformações que 2020 trouxe para mim. Ser tirada a força do piloto automático me trouxe de volta para um eixo do qual eu nunca deveria ter saído. E eu espero que, quando a boa nova chegar, essa conquista não se esvaia. Estarei presente para isso. E enquanto Papai Noel não cuida do nosso milagre, cuido eu mesma do meu. Nesse famigerado ano de 2020, voltei a escrever. Daqui para frente, defenderei com unhas e dentes esse marco, lutando para que o velho normal não o tire novamente de mim.


Nunca mais.



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      Flávia Vilhena
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Sou a Flávia. Mãe do Caetano e do Augusto. Viajante, ex-blogueira (de viagem), advogada e agora escritora...

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