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O outro lado da gratidão



Há algum tempo eu postei sobre o meu diário da gratidão. Naquela época eu havia lido vagamente sobre os benefícios dessa prática e resolvi experimentar. Hoje posso dizer que sei bastante sobre o tema, depois de algum estudo sobre um campo que me fascina cada vez mais: a psicologia positiva. Aprendi sobre a naturalidade do viés da negatividade, uma necessidade evolutiva para a nossa espécie. Resumidamente, pensando lá nos tempos da savana, quem teria mais chance de sobrevivência? Aquele que vivia tenso, olhando de um lado para o outro à espera de um leão, ou aquele que ficava feliz e relaxado apreciando um arco-íris que nascia no horizonte? Enquanto você pensava, o leão aproveitou a refeição.


Fato é que os tempos mudaram. E como! Não estamos mais na Savana, mas, bem... nossos genes sobrevivente ainda estão lá. Junto com uma parte importante do nosso cérebro que não muda tão rápido assim.


Feito esse pequeno resumo, gostaria de dizer que sigo firme, há 234 dias, no meu caderno da gratidão. E com esse exercício consegui algo poderoso, que antes eu chamaria de Síndrome da Pollyanna: aprendi a identificar os pontos positivos que nascem de situações negativas, e, com isso, ser grata também por aquilo que não saiu tão bem.


Foi justamente o que aconteceu com a resposta que eu recebi da editora alguns dias atrás, informando que meu material não seria lido, já que eu não tinha 5 mil seguidores. Foi uma m**** ler aquilo. Fiquei para baixo, tive vontade de mandar a gratidão para o inferno, fiz um desabafo nas redes sociais e... Pimba! Recebi uma enxurrada de amor e carinho vinda de todos os lados, inclusive dos mais inimagináveis. Como então eu não poderia ser grata àquela rejeição? Dela nasceu um engajamento muito mais real do que 5.000 seguidores poderiam me proporcionar. E daquela rejeição que tanto me entristeceu nasceu, de supetão e muito mais rápido do que eu imaginava, ele: o meu primeiro livro!!! Que agora já palpável, graças a um encontro virtual para lá de especial que teve origem naquele dia ruim.



Essas são a Ana e Ligia, da Belelê Projetos Literários, um sonho lindo que, assim como o meu, está saindo agora do papel. E essa reunião foi justamente para bater o martelo no projeto do meu livro infantil. E eu sou só felicidade por isso. Felicidade e gratidão: a cada um de vocês que me apoiou, que me mandou mensagens de carinho e de empatia, que me encorajou e que me fortaleceu. Às meninas do Belelê, que me acolheram com um propósito de encher o coração. À essa ferramenta incrível que é o Instagram, que usada da maneira certa nos proporciona coisas tão legais. E, porque não, àquele e-mail de rejeição, que abriu o meu caminho para a realização de um sonho de um jeito diferente do que eu imaginava, mas, ainda assim, muito, muito gratificante.

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      Flávia Vilhena
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Sou a Flávia. Mãe do Caetano e do Augusto. Viajante, ex-blogueira (de viagem), advogada e agora escritora...

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