O que você faz fora do seu Linkdin?

O que você faz que não está no seu Linkdin?

Essa é a pergunta de um Tedx super legal que viralizou e que você pode assistir aqui.

Vivemos com base em uma premissa cruel de que devemos estar sempre produzindo. E que produzir necessariamente tem a ver com gerar ou girar dinheiro. Por causa disso não nos permitimos sequer descansar. Vem um momento de ócio, e "pah!", precisamos dar-lhe alguma utilidade. Porque não se pode perder tempo na sociedade do cansaço.

Não é permitido não produzir. Não é permitido parar.

Eu também vivi muito tempo pensando assim. E até hoje quando penso no meu livro essas ideias me voltam à cabeça:

"Como assim?! Entrar de cabeça em um projeto que não me trará lucro? Que talvez traga até algum prejuízo? Que não agrega nada ao meu currículo e mesmo assim me coloca para trabalhar depois do jantar? Coisa de doido? Perda de tempo?"

Se é loucura ou não, não sei dizer. Mas se for... Que loucura gostosa! Que delícia fazer alguma coisa pelo simples prazer de fazer. Que delícia está sendo curtir cada fase desse processo. Conhecer coisas e pessoas novas. Me dedicar a algo que me traz tanta satisfação sem nenhuma expectativa que não: criar!

Meu livro não é um trabalho. Não no sentido que estamos acostumados a dar a essa palavra. Eu tenho a minha carreira, à qual me dedico há quase 15 anos. Ela tem um papel central na minha vida. Inclusive é graças a ela que meu livro pode existir. Mas ela não é a minha vida. Ela é um dentre inúmeros outros papéis que assumo diariamente. E eu quero que todos eles tenham o seu lugar.

O meu livro não é meu trabalho, mas ele dá um trabalhão. E que satisfação é vê-lo nascer e perceber que, com ele, me torno ainda mais completa, feliz e realizada.